INSÔNIA

É madrugada e o sono se despede

Enquanto a visão

Se acostuma com a pouca luz

Inquietante o silêncio das ruas

A beleza da lua

Em sua solidão me seduz

O velho relógio a tiquetaquear

Conduz o pensamento

Para perto de nenhum lugar

Sonífero, remédio e suco de maracujá

Já não prometem

Conseguir me acalmar

Pesadelos ou sonhos, o que vier valerá

Portanto que esvaziem

As bolsas roxas em minha face

Cedo ou tarde não pensarei mais nisso

Que tanto me consome

E impede que a cama me abrace