Insensato Coração...
Águida Hettwer
 
Quão pesado e denso o teu pulsar,
Afoito, segurando a crina do vento,
Peneirando sonhos, em terra sem dono,
Á noite, solúvel, retrato em preto e branco.
 
No templo da existência, há portas vizinhas,
Entre a sanidade e a loucura. Uma linha de ilusão.
Lágrimas repartidas, sincronizadas, mesma direção.
 
Ás vezes, se faz necessário, apertar o passo,
Silenciar os argumentos, recuar a tropa,
Eis, que a vida conspira para o bem,
 
Em alquimia o chumbo lapidado,
Aqueceu substâncias, reluz em,
Transmutação de puro e fino ouro.
 
23.10.2010