Quando o sol iluminou teu rosto

Quando o sol iluminou teu rosto

No fundo do oceano, lá onde as

Trevas e o frio prevalecem

Houve um sobressalto...

Milhões de milhões de espécies que não

Têm entendimento,

Por um instante tiveram a alegria

De poder contemplar e compreender

O universo.

Mas ainda te digo pouco...

Quando o sol iluminou teu rosto

A Lua mostrou-se ao meio-dia

E os Guerreiros pararam por um Instante,

Foi natal o ano inteiro

E a palavra FOME perdeu o sentido

Mas ainda te digo pouco...

O rico envergonhou-se de sua riqueza

E o miserável sorriu durante horas,

No parto nenhuma mãe sentia dor,

E o filho em vez de chorar riu languidamente.

Mas ainda te digo pouco...

Quando o sol iluminou teu rosto

O Proprio Deus deu uma olhada

E a Terra se encheu de luz,

O assassino pediu perdão

E o morto reviveu...

Tudo, tudo quando o sol iluminou teu rosto.

Mas ainda te digo pouco...

A vida me pareceu valer a pena

E em mim senti um nadinha de alegria,

O coração mostrou-se vivo

E até os lábios esboçaram um sorriso,

Forças extintas sobrevieram-me...

Mas ainda te digo pouco...

Desenterrei a palavra AMOR

E com ela fiz inúmeras ferramentas

A Esperança acordou

E encheu-se de claridade a escuridão

Do meu Ser.

Renovou-me por completo

O instante em que o sol iluminou teu rosto.

Mas ainda te digo pouco...

Foi um susto na monotonia,

Uma mão quebrou o concreto,

O fim da guerra de e que acaba com um homem só,

Queixos caídos,

A todo canto apostas perdidas,

Foi tudo, tudo

Quando o sol iluminou teu rosto,

E até viver me pareceu possível...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 29/10/2010
Código do texto: T2584687
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