Mar

Na imensidão do Mar

Se perdeu o meu olhar,

Se afundou meu coração.

E essas águas salgadas

São as lágrimas choradas,

São a perda da razão.

Quantas vezes atravessadas,

Outras amaldiçoadas,

Quanta Vida, quanta Morte ...

E se tão longe me levam

Também me prendem, me cegam,

Me fazem perder o Norte ...

Quantas cartas eu escrevi ?

E quantas não recebi ?

As Sereias as guardaram ...

Eu bem no fundo senti

Que tinham ciúmes de ti

E por isso mas roubaram ...

Esses escritos perdidos,

Numa concha escondidos

No fundo do Mar sem fim,

Serão versos nunca lidos,

Segredos nunca sabidos ...

Serão eternos, assim ...

Se o Céu adormecer

E que pare de chover,

Mas se eu ainda chorar,

O Mar não deixará de encher

Porque enquanto lágrimas tiver,

O Mar será sempre Mar ...

Cri
Enviado por Cri em 19/06/2005
Código do texto: T25897