DÁDIVA E ESTIGMA

Na orgia da festa

No desmaio da sesta

No gozo do prazer

No êxtase do poder

Divinal e demoníaco

Nas veias do dionisíaco

No cerne da realeza

No âmago da beleza

Na paz da ordem

Os cães não se mordem

No colo

De Apolo

É lá que pousam

É lá que repousam

Os vermes que consomem

A matéria do homem

Mas é lá que cantam felizes

Anjos que brilham em infinitas matizes

Sigmar Montemor
Enviado por Sigmar Montemor em 03/11/2010
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