Maldita Ceia

Às três da madrugada, em meio às trevas

A mesa estava posta onde seria

Servida aquela refeição maldita

Aos servos do antigo anjo do dia.

Sentaram-se a seu lado seis soldados,

Do rei Satã seis grandes generais,

Eram todos convulsos e inquietos,

Famintos dos manjares infernais

Debatiam-se violentamente

Os demônios de modo assustador,

Lançavam uns aos outros maldições

Com gritos e risadas de terror.

À voz potente de seu comandante

Silenciaram todos e o seu rei

Solene a cerimônia iniciou

Declarando-lhes sua infame lei.

Expôs a todos seu desejo iníquo

De ser o rei supremo do universo.

Na borda da toalha ele escreveu

Com sangue todo seu plano perverso.

Em seguida tomou um bode vivo

E com o seu punhal partiu-o em dois.

Cortou a carne encheu de sangue o crânio

Que fez de taça e o tomou depois.

Pazuzu, Belzebu e Asmodeu,

De carne e sangue alegres se fartaram

E ao final da macabra reunião

Num grande turbilhão se dispersaram.

Não houve um traidor naquela ceia,

Eram todos traidores da verdade.

Todos eram demônios, para eles

Fazer o mal não era novidade.

Bruno Skylab
Enviado por Bruno Skylab em 04/11/2010
Código do texto: T2597037
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