Tarde para brincar

Não vou brincar com você, já é tarde.

E olha que mais cedo eu não queria.

Quem dera pudesse retroceder

Outra chance para pular, brincar, correr.

Mas a noite se instalou calando o dia.

Em meu peito pesa um coração que arde.

Já não posso entender os seus motivos.

Por que choras tão sozinho aí no canto.

E eu nem posso te emprestar meu ombro.

Não grita, por favor, ou me assombro.

Me afoga o lacrimejo do teu pranto.

E o vermelho visto em teus olhos vivos.

Jogar bola, correr solto pelo campo.

Ou por trilhas desconhecidas caminhar.

Quem sabe ao menos ouvir tuas perguntas

Eu faria estas coisas todas juntas.

Com prazer cada desejo realizar

Para ver seus olhos como o pirilampo

Em meu peito pesa um coração que arde.

E o vermelho visto em teus olhos vivos.

Escondendo teu sorriso de criança.

Jaz em mim toda tua esperança.

Entender agora posso os teus motivos

Não vou brincar com você, pois já e tarde.

Marcão Bahea
Enviado por Marcão Bahea em 07/11/2010
Código do texto: T2602452
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