Ao amor.

Eu que declarei-te válido quando
sentido e vivido irrestritamente.
Eu que a ti me entreguei,
desbragadamente.
Eu que a ti vivi e sorvi,
opcionalmente.
Eu que a ti fiz-me fiel,
professamente.
Eu que por ti e em ti pautei vida!
Quando te impus limites,
traí-te.
Quando sufocado te encarcerei,
traí-me.

 
Rosany Costa

©2010
 
Imagem: lágrima /sem autoria