DESABOTOANDO A MÁSCARA
Desabotoei o vestido em que habitava
Me livrei dos botões da gola que me apertavam
Desabotoei os punhos do vestido da censura obrigada
e também da moral exigida que tanto me assustava
Desabotoei todos os botões da desilusão
e, num despir-me completo, me coloquei nua no clarão
Deixando cair a máscara e mostrando a cara
Tolamente vestida
Mas vestida de mim mesma
E iluminada pela luz da liberdade...
(inspirada no poema "METÁFORAS EM BOTÃO", de José de Castro, aqui do Recanto)