Azim, o meu amigo

Está osso...

Mas, ainda está dando para roer.

Ver se tem carne dentro...

Nós os vira-latas somos mestres nesta arte!

Perdi todas as minhas chaves e senhas.

Nem tenho como entrar em casa.

Perdi a paciência também.

Estou sentada em frente à porta fechada, trancada!

Esperando, sem muita esperança...

Azim o duende, meu amigo invisível, para os outros, se incumbiu de encontrá-las.

Azim é um dos seres mais raros que já conheci.

Quase tão raro quanto os meus pais, os outros filhos dos meus pais, abelhas silvestres e borboletas azuis.

E eu aqui esperando, esperando!

Tudo parece estar parado comigo, menos o tempo.

Azim me diz que nós humanos somos seres esquisitos mesmo.

Sentimos o tempo, quando não estamos sonhando, como o tempo mental de uma manada no corredor, indo em direção ao matadouro...

Suzane Rabelo
Enviado por Suzane Rabelo em 14/11/2010
Reeditado em 17/11/2010
Código do texto: T2614463