ATÉ QUE SE CUMPRAM OS DIAS - PARTE I

Espalhai meu amor como a água,

Levai-o por essas terras sedentas,

Gente que não mais se aguenta de tanto sofrer,

Dai-lhes alegria de viver,

Se tens pão, dai-lhes de comer,

Mas até que se cumpram os dias,

Não lhes deixes faltar alegria,

Não lhes deixe cessar a euforia,

Pois a noite só dura até outro dia nascer.

Provai que o bom caminho é ermo,

Mas em todo o perigo, abrigai-vos nos meus termos,

Lá tenho paz para voz dar.

Mas até que se cumpram os dias,

Não vos distancies do meu lar,

Vinde a meus braços repousar

De toda essa vossa guerra.

Um dia essa luta se encerra,

E o mal não existirá,

E a morte, essa coisa fria,

Mesmo que apareça um dia,

Sabeis que logo vivo estarás.

Mas até que se cumpram os dias,

Vivai intensamente o frescor de cada novo dia,

Como se hoje estivesse chegando, ao passo que breve partirás.

Não te prendam teus enleios,

Não são tão vãos teus devaneios,

De todos os teus receios, a ti, digo, eu posso cuidar,

Mas até que se cumpram os dias,

Fujais de todo o perigo,

Não tenteis vosso inimigo,

Aprendais com ele lidar.

Sabeis que com vossa pressa,

Revelais vossa fraqueza,

Mas antes que se esqueças,

Estou sempre a ti guardar.

Deivesson de Sousa
Enviado por Deivesson de Sousa em 15/11/2010
Código do texto: T2616109
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