Palavras vestidas de gente

Há momentos em que as palavras são estorvos:

entristecem as gentes, doendo-lhes no peito e roubando-lhes o futuro.

Há momentos em que as palavras são pedaços de sonhos:

confortam o coração das gentes, nelas insuflando esperança e otimismo.

Há momentos em que as palavras são potentes metralhadoras:

matam a uns e a outros, sendo melhor nem tê-las inventado.

Há momentos em que as palavras são como remédio:

curam feridas e cicatrizam os cortes de maior largura e profundeza.

Existem momentos, porém, em que as palavras são apenas palavras:

despidas das gentes, elas passam despercebidas, silenciosas e inúteis.

Fabio Ferreira S
Enviado por Fabio Ferreira S em 15/11/2010
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