O EFÉMERO NÃO ME PRENDE....

Exausta, sento-me no centro duma nuvem

e descanso...

O Sol, obstruído e anuviado, não vem,

não o alcanço!

Olho p’ra baixo

e reconheço,

que lá, não me encaixo...

Aquela realidade me ofende,

o efémero não me prende,

nada conheço!

Deste poiso etéreo do meu imaginário,

olho e me deslumbro...

Tudo o que sinto de extraordinário

e que vislumbro,

eu vejo como experiência

e logo repenso

a terrena impermanência...

Do Ser e até do Amor,

que quando perde o ardor,

se torna um vazio imenso!

Acordo do meu sonho

que não quero rever, nem exponho...

Mas o Amor...esse não dispenso!

Habita em mim solto, suspenso...

HELENA BANDEIRA
Enviado por HELENA BANDEIRA em 11/10/2006
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