ÂMAGO

No âmago do meu ser mergulho inteira

É terra, é vida, é transcendental

Confortantes voos entrego ao meu corpo

Relaxo, saltito ou simplesmente vago.

São tantos os corpos nos seus rostos diversos

Que me levam às luzes ou às penumbras

E percorro meus mundos, presentes de Deus.

Quão belo é o sentir do meu âmago, enfim

Porque Cristo é o centro do meu centro maior

Onde vozes ressoam num cântico só

E me dizem: contigo queremos ficar.

São tantos os deleites, que às vezes parecem distantes

É como buscar o azul do nosso céu infinito

E deixar-se guiar ou simplesmente vagar

Sem saber o tempo da triunfal chegada.

São sonhos, são poemas, são melodias suaves

Integração total, sem o perigo iminente do nosso lado de fora.

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Do livro "Caminhos Ainda", Edição da autora / APL - Academia Piauiense de Letras, Teresina, 1991. Página 15.

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Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 21/11/2010
Reeditado em 15/01/2012
Código do texto: T2628775
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