Sem destino
Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar
Chico Buarque
Sem destino
Essa música distante
acordes evanescentes,
o coração quer esboroar
o tênue tempo.
O poema não ecoa,
o amor não tem sobejo,
arrevesado em sentimentos
encharcados no amanhã.
O poeta esta vagamundo
renitente em seu pensamento,
há muita vida para despir,
na catita poesia melancólica.
Erivelton Machado Guimarães
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