INTENÇÃO, JULGAMENTO E PREGUIÇA

Eu não tive a intenção!

O que isso quer dizer?

Não fez?

Claro que fez!

Então teve a intenção de, pelo menos, fazer!

Onde mora o perigo ou a graça?

Em fazer ou em querer fazer?

Querer é ficar latente, bombear o coração e alimentar a paixão.

Fazer é extrapolar, ir ao encontro e experimentar o novo.

Devo eu julgar a diferença?

Logo eu?

O que pesa mais?

O que tem mais importância?

A punição deve ser proporcional ao plano ou ao ato?

Deve-se punir o planejamento?

Sim, porque querer também é pecado.

E quando nada é planejado? Fica sem sentença?

Fica sem sentença.

O conformismo não é nenhum monstro. Já olhei ele nos olhos e ele me disse:

"Não é qualquer um que tem força para aceitar o que não pode ser mudado."

Então, sentar e esperar que alguma "coisa" (o tempo, por exemplo!) resolva tudo não é tão ruim assim. E essa atitude tem um nome: preguiça.

Pobre palavra...

Condenada ao mais baixo nível na competitividade dos tempos modernos.

Como assim, preguiça?

Como assim, deixar acontecer?

Como assim, não se preocupar?

Não teve a intenção?

Mas, fez! Claro que fez!

E agora?

Tenho preguiça de julgar.