PALAVRAS
Elas riem dos poetas
que as perseguem sem tréguas.
Escondem-se nos dicionários,
nos velhos livros sem capa.
Brincam de pegar
escondem-se atrás do mofo
deixando o poeta enlouquecido,
embriagado de idéias
e sem idéia nenhuma.
Elas são perversas,
sutis, enigmáticas,
inexistentes.
Como as mulheres,
deixam saudades
nos poetas persistentes
e são hoje e eternamente
as mais iluminadas,
as mais lidas,
as mais amadas.