Flagelo d’alma
A morte impõe seu panorama a cada hora
Sorte se morre duas vezes
Na carne, que incuba a alma
Alma, que comprime a dor
Dor que brinca no tempo
Nome que se dilata em emergir em seu prefaciar
Antes fosse, ter sete vidas
Nos tropeços dos dias
Viver a parábola de sempre cair em ortostático
Zombar da noite
Como um gato vadio, perambulando em bares e em muros em muros
No pardo da noite
Mas a morte te cerca
Nas luzes da cidade
No silêncio da noite
No aceno das horas
Até o exercer do cansaço da carne
No fechar das pálpebras cansada de testemunhar a morte