Planta e gente

Há que se avaliar como se sente

A natureza, em singela majestade

Que viçosa enfeita o planeta Terra

Tece o destino devagar, suavemente

Acolhendo em seu seio a humanidade

Na imutabilidade que ela encerra

O reino vegetal em tons dos mais variados

Vai mesclando cores entre a Terra e o céu

E estabelece elo com o Criador

No entanto é um reino imóvel, paralisado

Sem possibilidade de movimentar-se por si só

Estando a mercê de quem lhe fizer esse favor

O ser humano que divide com a planta o mesmo espaço

Não se da conta da riqueza que o rodeia

Nem mesmo atina toda sua importância

Inquieto agita-se e provoca só cansaço

Leva a rotina de qualquer maneira

E a brincadeira o distrai da inconstância

Há um ponto comum entre planta e gente

Algo que anula o diferente

Presente em todo o universo

Essa essência de vida natural

Une e harmoniza todo desigual

Na simetria de um longo verso

Planta e gente não são diferentes

Apenas se comportam como tal

Na loucura que permeia o dia a dia

Planta e gente formam uma corrente

Invisível, poderosa e imortal

Condutora de luz e calor

Por onde se expressa a energia

Magia transmutada no amor.

Priscila de Loureiro Coelho

Consultora de Desenvolvimento de Pessoas

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 21/06/2005
Código do texto: T26483