[Imagens... Disjunções...]

Afinal, por que penso em você,

agora, em meio ao ruído de uma festa,

se estou assim —

disjunto no tempo,

disjunto no espaço,

disjunto nas possibilidades?

Quando vêm de você

as imagens, eu estou onde...

Perdido, mas em que tempo?

Essa revisitação já deveria ter

se estancado, assim como a gente

fecha um escape de águas

há muito represadas.

Agonia... essa revisitação

de tempos e sentimentos

não resolvidos... Tão vivos!

A criança que existe

em mim, é para sempre —

acenda-se uma pequena luz

e saio a procurar razões

que são só desrazões.

[Penas do Desterro, 04 de dezembro de 2010]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 05/12/2010
Reeditado em 02/08/2012
Código do texto: T2654508
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