A SAUDADE

Logo ao raiar da madrugada linda

A sabiá começa o seu cantar.

Eu acho um canto triste que não finda

E bole com saudade, sem cessar.

Eu já desperto, ponho-me a pensar:

Quantas vezes no embalo da paixão

Eu “a” tive no meu ombro a chorar.

Disparava no peito, o coração.

E a cena repetia diariamente,

Eu ainda bem jovem e xonado

Todos os dias incansavelmente

Ia pra nosso encontro combinado.

Hoje somente essa incrível saudade

Vem sacudir meu peito bem sentido

Nas madrugadas quando a dor me invade

Dor de amor para o coração ferido.

A saudade é própria do ser humano

Mas, existe também nos animais.

Uns sofrem menos, outros sofrem mais,

Só não sente saudade o ser insano!

Salé, 06/12/10, às 08h 25min