Horas da eternidade

No vão dos tempos

Por uma brecha escapa a eternidade

Que explode na imensidão do vácuo

Criando a sugestão da idade

Viceja a vida sem ter medida

Esparramada pela falta de limite

E embora mova a energia contida

Manifesta-se como o destino lhe permite

Na intensidade e em sua infinitude

Borda e tece a temporalidade

Criando a ilusão da juventude

Mito que castiga sem piedade

Assim enlaça a humanidade

Num limbo silencioso e aterrador

Enquanto as horas da eternidade

Escoam pelas dobras do amor.

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 16/10/2006
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