APENAS

Eu não tenho as asas que dizes que tenho

Quando me vês voar:

São os teus olhos,

É o teu pensar...

Eu sou pesado,

Um sapo no fundo do poço,

Uma pedra na beira do mar,

Da noite, a escuridão...

O que vês enlouquecido,

Ora tudo, ora nada,

Ora aqui, ora além,

Em vôos de asas,

Ora impossíveis – asas quânticas,

É o meu sopro de vida

Que a tua proximidade liberta...

Pousou na minha face, igual um beijo,

O teu carinho de dizer que gostas de mim,

Agora já não me acho mais contido em nada,

Feito o Pernalonga apaixonado pulando para fora da galáxia,

Escrevo disparates, caio de joelhos beijando as tuas mãos...

Não tenho asas não...

Tenho coração de Poeta

E a leveza de um coração de menino...

Chico Steffanello
Enviado por Chico Steffanello em 16/10/2006
Código do texto: T266188
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