Lembrança*

*****

quando mais tarde

sentires frio

quando a sombra

esconder o teu sorriso lívido

talvez ferido

de olhar tanto vazio

vais sepultar nosso amor

que não foi consumido

saberás

que te amei em silêncio

posto que meu amor

foi ferido

quando supus o teu,

alheio ao meu,

que ressoou atrevido

não te esqueças;

lembra-te que te amo!

tu sofrerás

transitórias dores

igual a árvore

que corta um ramo

aqui estamos

ao fim e clamo;

de tudo,

entre tudo que lembrares

não me esqueças,

lembra-te que te amo.

*****

Alzira Paiva Tavares

Olinda,13/06/2010

arizla
Enviado por arizla em 12/12/2010
Reeditado em 19/07/2013
Código do texto: T2667634
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