Onde está o amor? Reclama o poeta.

Um poeta não vive de versos,

o poeta que ama,

não pode mais amar.

Ninguém quer escutar,

o que o poeta reclama.

O poeta sente seus dígitos.

Esse poeta aqui anda revoltado,

amargurado com o que vê.

Esse poeta aqui já não acredita em paz,

não acredita em paz perante o que vive.

Esse poeta pega ônibus,

estuda, trabalha, tem família e responsabilidades como qualquer um.

Mas também tem sentimentos,

e não acredita que todos tenham.

Não acredita que tenham esse sentimento,

porque vê tristeza nos olhares alheios.

Vê bombas sendo construídas em países distantes,

vê bombas expludindo nas ruas da cidade.

Vê fome, frio, sede...

Vê e não mente...

É apenas triste,

mas para esse poeta é revoltante.

Onde vamos parar?

Na lembrança dos livros que persistirem?

Onde vamos chegar?

Na dor do fim que ficam nos olhares?

Onde está o amor?

Esse poeta perdeu seu versos românticos nesse instante.

Esse poeta que esta apaixonado,

não consegue escrever sobre sua paixão.

Há uma grande dor,

Cravada no peito reclamante.

De um poeta desarmado,

que não tem como lutar pela salvação.

O poeta reclama paz...

O poeta reclama AMOR...