Carência



E, na ausência que transforma
em permanente, o meu tempo
a ruína me espreita lenta.
Despojada.mente desatenta
à timidez de outrem.

Que com sua  espessada bruma
fere, infere, interfere
a todos e quaisquer dos dias,
que de minhas falíveis mãos
estejam um tanto além.

Só recobra a triste marca.
Sina restabelecida e,
recebida por concessão.

Desde os mais tenros dias
quando não me eram ainda
sequer advindos, os sonhos.
Meus mágicos sonhos de verão.

E, me eram ainda, vagos os olhares
ante o espectro da até então
menina, com seus olhos postos
em suaves e castos girassóis
em sua busca sempre pela luz
pura e simplesmente girão.



***



















AndreaCristina Lopes
Enviado por AndreaCristina Lopes em 15/12/2010
Reeditado em 18/12/2010
Código do texto: T2673336
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