Desgoverno

Feitiço desgovernado e sem calma

Atravessa o fogo dos milênios

Rege o corpo, impacienta a alma;

Ardil engastado de silêncios.

Aprisiona n'alma a carne malsã;

Fere os estatutos da harmonia,

Sentencia como criatura pagã

A viver em eterna rebeldia.

Apócrifos ou meros apêndices?

Reticente; eis o alvo hodierno,

Apascentado por crenças e crendices.

Arderá em seu próprio inferno;

Alma vã em corpo de tolices

Num pacto de amor pós-moderno

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 22/06/2005
Código do texto: T26778
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