Soberana
A vida passa
Sobrevoando abismos
Que surgem pelos caminhos.
Filhos da separação.
Um vulcão morto
Um par de azas quebradas.
Um mar sem volutas
Sem choro ou canto,
Um quase nada que se arrasta.
Um pedaço de veludo carcomido.
Uma névoa que atrapalha.
Repetidas palavras sem contexto.
Cabelos esbranquiçados feito palha.
Fractaes e craquelês na pele
Um olhar que quase fala.
17.12.2010 13:00 Rio