Soberana

A vida passa

Sobrevoando abismos

Que surgem pelos caminhos.

Filhos da separação.

Um vulcão morto

Um par de azas quebradas.

Um mar sem volutas

Sem choro ou canto,

Um quase nada que se arrasta.

Um pedaço de veludo carcomido.

Uma névoa que atrapalha.

Repetidas palavras sem contexto.

Cabelos esbranquiçados feito palha.

Fractaes e craquelês na pele

Um olhar que quase fala.

17.12.2010 13:00 Rio

Hermes Brasil
Enviado por Hermes Brasil em 18/12/2010
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