REINO DE COISA NENHUMA
Meu pai era um rei, rei imponente
Porte altivo, cabeça bem levantada
Rei de velho reino já tão decadente
Reino de coisa nenhuma, do nada
Um dia meu pai, ... que era um rei
Um batalhão de soldados quis enviar
Para, em defesa da raça, da lei e da grei
Um distante óvulo rebelde conquistar
Éramos cerca de seis milhões de soldados
Para cumprir as ordens de seu amado rei
Foi longa a caminhada, e já tão cansados
Chegamos naquele castelo fechado e feio
Então todo o batalhão em conjunto atacou
Ao mesmo tempo, em confuso atropelo
Com muita coragem cada um de nós lutou
Se esforçando para conquistar aquele castelo
Consegui entrar. Sem! Só eu consegui entrar
Todos os outros soldados morreram na batalha
Seus corpos jamais se conseguiram encontrar
Para lhes dar a digna e merecida mortalha
Mas eu consegui, e aquele óvulo conquistei
Essa foi a minha primeira grande vitória
Cumpri as ordens do meu pai que era rei
E regressei à vida com coroa de glória
Do meu pai, que era rei, o seu trono herdei
Herdei todas as suas coisas, uma a uma
Hoje, desse reino, eu sou o glorioso rei
Rei do esplendoroso reino de coisa nenhuma
(encontrei esta brincadeira manuscrita datada de 1970). É para dar risada rsrsrsrsrsrsrsrsr