REINO DE COISA NENHUMA

Meu pai era um rei, rei imponente

Porte altivo, cabeça bem levantada

Rei de velho reino já tão decadente

Reino de coisa nenhuma, do nada

Um dia meu pai, ... que era um rei

Um batalhão de soldados quis enviar

Para, em defesa da raça, da lei e da grei

Um distante óvulo rebelde conquistar

Éramos cerca de seis milhões de soldados

Para cumprir as ordens de seu amado rei

Foi longa a caminhada, e já tão cansados

Chegamos naquele castelo fechado e feio

Então todo o batalhão em conjunto atacou

Ao mesmo tempo, em confuso atropelo

Com muita coragem cada um de nós lutou

Se esforçando para conquistar aquele castelo

Consegui entrar. Sem! Só eu consegui entrar

Todos os outros soldados morreram na batalha

Seus corpos jamais se conseguiram encontrar

Para lhes dar a digna e merecida mortalha

Mas eu consegui, e aquele óvulo conquistei

Essa foi a minha primeira grande vitória

Cumpri as ordens do meu pai que era rei

E regressei à vida com coroa de glória

Do meu pai, que era rei, o seu trono herdei

Herdei todas as suas coisas, uma a uma

Hoje, desse reino, eu sou o glorioso rei

Rei do esplendoroso reino de coisa nenhuma

(encontrei esta brincadeira manuscrita datada de 1970). É para dar risada rsrsrsrsrsrsrsrsr

João Guerreiro
Enviado por João Guerreiro em 21/12/2010
Código do texto: T2683312
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