Aneurisma Sentimental
Ontem eu a vi
Outro dia, àquela outra
Para ambas escrevi
Nenhuma beijou-me a boca
Hoje eu renasci
Lânguido passado na memória
Saudoso amor que não vivi
Mas que é parte de minha história
Se esta a morte a levou
Tão jovem, tão bela e tão sublime
Para mim o que restou
Foi a saudade daquele sorriso lindo
Por que vens ainda visitar-me?
Quando estou ainda adormecido?
Será que é para avisar-me?
Que a vida valeu o teu sorriso?
Oh linda, por que ainda vivo?
Se nem uma, nem outra, se decidem?
Se do amor, o que me restou
Foi a pureza daquele teu sorriso
Agora sinto-me assim
Andante caminhar sem rumo certo
Vendo portas a se fechar... e na memória
O teu lindo sorriso, na janela, aberto