Labirinto

Margeando em mim

quadrados perfeitos

dessa simetria desigual

Traçando colunas

rodeando meus olhos

perdidos nos seus

Desvendando meus pecados

profundos

Invadindo como a maré

quando se é a hora

Tão longos são seus braços

em devaneio

Enquanto,

pele

corpo

e uma dose do seu cheiro

infinito, assim.

E essas mãos que transpiram

a vida que esperamos seguir?

São as mesmas que tomo comigo

nos sonhos antigos

sem medo, enfim.

Atrás daquela cortina

Maria, José, Ana, Carlos e João,

há um pé semeado de flor

e naqueles dias de mais amor,

são teus os espetáculos

desse palco íntimo

sem atriz nem ator.

Deixe o som acabar

Deixe a luz se esvair

Deixe a moça partir

Deixe o peito se abrir

durma em paz

que quando dormir

aí então sou tudo

nesse mundo que me tem

ai dentro de ti

Olívia Campos
Enviado por Olívia Campos em 22/12/2010
Reeditado em 10/03/2014
Código do texto: T2686438
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