Promessas

Choro forte de fazer

lágrimas, raspo o prato

e me calo, subo a montanha

e me perco, raspo o prato de lata

mas dela, só restos de empanos.

Sou forte, sou grito,

sou homem, mas não

sou espera.

Tenho uma porta

e por ela quero sair.

Não me perguntem porquê,

nem eu sei, nem ninguém.

Choro bravo,

feito santo sem céu,

feito mulher de prenha santa,

feito guaranição de prato pobre.

Choro feio, mas choro.

Disso, ninguém me tira.

Se sou homem sou também

a fraqueza!

Burrice! Prá que fui casar

com uma fazedora lágrimas,

que antes só me prometia milagres!

José Kappel
Enviado por José Kappel em 20/10/2006
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