DA HUMANA CONDIÇÃO * Hoje, eu sou de Bagdad...

Parou o Tempo na Mesopotâmia.

Que frias são as águas do Eufrates!

Se quero Amor e Paz, por que me bates,

idólatra das aras da infâmia?

O fumo negro enluta o berço antigo.

Quem quer abrir as Portas do Inferno?

Areias áureas onde me prosterno,

que Céu me dás agora por abrigo?

As iras e os festins dos vendilhões

irrompem numa orgia de ódio e sangue...

Do cálice de fel às legiões,

tudo sofreu meu corpo, há tanto exangue...

Do trágico madeiro ainda erguido

ao tempo que não mais será cumprido!...

Soneto de Tuphy Mass

Publicado em 4 de abril de 2003.

Republicado hoje, 12 de agosto de 2004.

José Augusto de Carvalho
Enviado por José Augusto de Carvalho em 22/06/2005
Reeditado em 28/07/2018
Código do texto: T26933
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