Cavaleiro
J B Carneiro
Sou cavaleiro andante,
na estrada do amor esquecido,
levo consolo ao coração errante,
sou o herói, sou o par, sou o bandido.
Quero apear em cada encruzilhada,
pra ouvir o toque dos berrantes,
ecoando entre a relva verde e molhada,
regada com lágrimas pranteantes.
Seja dama da noite, do castelo ou angelical,
não importa qual procedência,
sou um anjo mal,
destemido e sem decência.
No prazer, só momentos,
em cada esquina, só paixão,
no cavalo, só carabina,
na vida, só emoção.
A estrada, perde-se no horizonte,
quiçá um dia, pudera eu voltar,
mas quem nasceu cavaleiro errante,
não pode no coração lamentar.
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