Confronto

Observo teu vulto na rua

em meio a chuva tão fria

lava tua alma, deixando-a nua

enquanto a frescor da água alivia

Avalio teus passos cadenciados

que seguem o rumo da consternação

talvez, o tempo que é teu aliado

possa ajudar-te nesta peregrinação

E então fomentar em teu desejo

a esperança do porvir inexorável

Sendo arrebatado pelo desejo

de reagir, com vigor, ao inevitável

Eu ao teu lado silencio

deixo minha alma se acalmar

Não me incomoda o vento nem o frio

posto que ambos seguem a te acompanhar

Vejo que mudaste o teu caminho

ao atravessar a enorme avenida

Já não te sigo, levas junto meu carinho

enquanto te diriges para a vida!

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 21/10/2006
Código do texto: T270006