MEUS PREMÊRO VERSOS MATUTO DE 2011

T R O V A S

Tu me leva, de repente,

ao meu tempo de rapaiz,

me sintindo adolescente,

in tudo o qui a gente faiz...

O prêmio mais desejado,

p’ru mim, na minha labuta,

é sê quirido e amado,

puro povão qui m’iscuta...

Sempre ví teu côipo assim,

belo jardim murticô.

Do quá, quero só prá mim,

a mais cubiçada frô...

Meu verso mais obiceno,

é prá você, musa minha;

sintí o desêjo preno,

e um friozíin na ispinha...

S É T I M A

Num quero ganhá cuncurso,

prêmio ô cundecoração.

Quero derramá poesia,

da praia inté o sertão.

Quero, nêsse Ano Nôvo,

arrecebê do meu pôvo,

amô, caríin e atenção...

M O T E

A MARDADE NO SONHO D’UM POETA

FAIZ O SONHO SE VIRÁ IN PESADÊLO...

G L O S A

O poeta, poeta de verdade,

tem no sonho, a pureza da criança,

tem o peito intupido d’isperança,

coração dispruvido de mardade.

No oiá, o bríi da sinceridade,

nais ação, distança do dirmantêlo.

No amô, tem caríin, afago e zêlo,

trêis virtude da virtude mais cumpreta,

A MARDADE NO SONHO D’UM POETA,

FAIZ O SONHO SE VIRÁ IN PESADÊLO...

Bob Motta

NATAL-RN

03.Jan.2011

Bob Motta
Enviado por Bob Motta em 03/01/2011
Reeditado em 03/01/2011
Código do texto: T2706228
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