HauahuaHUauhAUHAhuaHUauha
A tola gargalhada; sempre o melhor remédio
Sempre me sedando
Cedo ou tarde vem uma risada,
E logo, uma gozada
Tanta sede e pouco pote; não quero compartilhar o meu
É muito fácil rir-se
quando se está na sede do riso
O país das anedotas
Nada me aflige, tudo é ridículo
Cabeças e pernas mutiladas; um mutirão de corpos
Bóiam numa piscina de sangue; dormimos
Espessa neblina de quietude tensa; domina
(Cuido para não tropeçar nas valas)
Rindo, rindo, são as mãos travestidas por fantoches
Que zombam das sombras defeituosas
Brincam, brincam; o show não pode parar
Só rindo!
Mal sabem teu nome e já te agridem
Mãos... fujam para um canto, longe do calor!
Corroam-se, mas não se mostrem corroídas
E rio, rio,
me afogo em tanta baba
A cirando continua
Mais rápido
Giro na vertigem
E rimos, vomitando letrinhas
Ha he hi ho...
Um porre de vinho me cura
O que vejo no espelho?
Um sorriso torto, um riso morto
diversas caretas
Riso que ofusca a visão - mantêm-me longe da realidade
Riso nervoso, daquele que mostra os dentes trincados,
cuida para que não enfartemos
Riso que salva a humanidade
Faz parte, como diz um idiota qualquer,
a anestesia que o riso provoca
Muitas estórias mal contadas,
cuida a imaginação que complete
Sempre de uma maneira engraçada,
senão, trágica