HauahuaHUauhAUHAhuaHUauha

A tola gargalhada; sempre o melhor remédio

Sempre me sedando

Cedo ou tarde vem uma risada,

E logo, uma gozada

Tanta sede e pouco pote; não quero compartilhar o meu

É muito fácil rir-se

quando se está na sede do riso

O país das anedotas

Nada me aflige, tudo é ridículo

Cabeças e pernas mutiladas; um mutirão de corpos

Bóiam numa piscina de sangue; dormimos

Espessa neblina de quietude tensa; domina

(Cuido para não tropeçar nas valas)

Rindo, rindo, são as mãos travestidas por fantoches

Que zombam das sombras defeituosas

Brincam, brincam; o show não pode parar

Só rindo!

Mal sabem teu nome e já te agridem

Mãos... fujam para um canto, longe do calor!

Corroam-se, mas não se mostrem corroídas

E rio, rio,

me afogo em tanta baba

A cirando continua

Mais rápido

Giro na vertigem

E rimos, vomitando letrinhas

Ha he hi ho...

Um porre de vinho me cura

O que vejo no espelho?

Um sorriso torto, um riso morto

diversas caretas

Riso que ofusca a visão - mantêm-me longe da realidade

Riso nervoso, daquele que mostra os dentes trincados,

cuida para que não enfartemos

Riso que salva a humanidade

Faz parte, como diz um idiota qualquer,

a anestesia que o riso provoca

Muitas estórias mal contadas,

cuida a imaginação que complete

Sempre de uma maneira engraçada,

senão, trágica

Verme
Enviado por Verme em 22/10/2006
Reeditado em 22/10/2006
Código do texto: T271011