das coisas belas e sujas

essa face rasa respinga

no concreto

é o asco que abarca seres

rancorosos e magoados

iguais a você

surge com suas mãos

seus dedos sobre olhos

máscaras de esconder

com toque nocivo

que desdenha o que

mais quer

feche o punho que a vertigem

é mais soco que miragem

reflete o que há de belo

e aceitável

é imiscível com o que trago

sou suja, incurável

muco e substância

fétida

não vivo em seu mundo

e se sou uma qualquer

não sou para seus olhos

o que há de mais precioso aqui

é o que não pode alcançar

ou ao menos perceber.

Larissa Marques
Enviado por Larissa Marques em 10/01/2011
Código do texto: T2721201
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