EM TERRA QUE NINGUÉM PISA

Nada de coturno para pisar em corações!

Voo de pássaro seguro

nem mesmo deixa arranhões.

Quando pousa

é asa que pesar não ousa.

Flutuante pena na rajada...

Quando se faz presente,

enternece a alma que, enfim recebe a calma;

é casa de abraço quente.

Ninho de voz e silêncios.

Trovadorias de bumbar o peito.

Agudos de amor ao vento.

Clarins e notas afins

afinadas ao fino fio do sentimento.

Para pisar em coração é assim:

caminhar sem riscar o chão!

Qual pássaro livre e breve,

asa leve,

acarinhando e eternizando o momento.

E, sob o firmamento,

acordes reconhecendo e entoando a canção.

D. V.

11/1/ 11

11:11

Copyright © 2011 Dulce Valverde

All Rights Reserved