POEMA CONTRA O EQUILÍBRIO

Tivesse a vida lhe dado - justo! -

a falta de equilíbrio.

Lhe ter delegado tudo isso de bom que me salta aos olhos!

apenas, nada mais...

O equilíbrio de tamanha virtude

teria de se dar dde forma muito drástica...

Não, que bobagem dos deuses!

não sabem o que dizem!

não sabem o que fazem!

De tudo que há de belo e bom

naquela caretice platônica...

Vejo-a assim, meu amor, branca e pura

- juro-me seu, asceta...

No que posso dizer que envolve

em mim a parte que fode e afaga

lhe concedo-me, Jóia, o pulso

Anos de minha vida, ela toda, avulso...

Tusso: esse o mal que me equilibra?

Denuncia-me frequência do espectro

mais tênue, infecto

onda que não vibra...

Abateu-se sobre ti

maldição desnecessária!

que tipo de justiça a faz e mantém!?

ódio tenho desse desgraçado!

quem?!

quem !?

quem?!

Andrié Silva
Enviado por Andrié Silva em 11/01/2011
Código do texto: T2723193