passado, presente e futuro

do que fiz não me arrependo

das asneiras que cometi

de peito ferido, rasgado

dos haveres amargurados

depois de orgasmos

denúncias e mentiras

infelicidade

e até sorrisos

não há desonra

uma ponta de vergonha

do que quero

é um mero zero

de soberba

basta viajar

buscando esse beijo

o trejeito e enamorado

acometer as loucuras

esquecer as desventuras

o vento

o desejo amputado

ancorado em vazio

do que farei

mesmo que viva

como um rei

num crepúsculo sem lei

nu de fronteiras

no abismo da tranquilidade

descansarei na tumba

os olhos abertos

sem desertos

nem complexos.

Manuel Marques
Enviado por Manuel Marques em 13/01/2011
Reeditado em 02/04/2014
Código do texto: T2727637
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