MAR DA VIDA
Percorri muitas águas bravias, ventos
E da alma verti o último marinheiro
Em pedras filosofais o conhecimento
E das espumas, dunas, o escudeiro
Tempestades molhadas de martírios
Irônica tormenta, navios cítricos
Singrei mares, sangrei males e lírios
Em redemoinho, silêncio cíclico
E da última vaga, divaga vaga flor
Na espuma salgada eu aportei
E a Netuno lancei a minha prece
No purpúreo lumiar soturno,inerte
No horizonte, mar que naveguei
Juntando conchinhas do meu amor.