Pobre poeta
Aguardando....
O momento da idéia
A sinfonia certa
Nada...
Um poeta calado
Celebra o prelúdio do próprio enterro
Estilhaçando agudos gritos no seu interior
Se desfazendo em palavras silenciosas
Procurando uma gota de álcool
Na sua razão ilógica da embriaguez mórbida
Sensação, de perfurações na face.
Um holograma em meio a nada
Desfrutando solenemente do vácuo
E do zunido da palavra
Que não se dá nem ao trabalho
De escorregar no molambo da garganta
E chegar ao caos que é a língua
Esta malévola invenção de deus