POEMA PARA JÉSSICA (Criado na noite)

Giovanni Aires Fernandes (tio)

Quanto tu chegares,

queria que fosse primavera

e, ao invés de homens te tocarem,

que te tocasse a relva...

Quando tu chegares,

queria que a vida se tornasse

indescritivelmente bela,

para os que têm muito e para os que

não têm nada,

pelo menos neste instante

as fronteiras humanas deixassem de existir,

línguas, religiões, raças,

ideologias, necessidades e ambições...

Quando tu chegares,

queria que o mundo se tornasse justo,

a lei se fizesse amor e amizade,

a guerra se fizesse paz,

a fome se fizesse abundância.

a discriminação se fizesse compreensão,

a perseguição se fizesse liberdade,

se não naquele instante,

pelo menos por toda a vida...

Quando tu chegares,

queria que todo o mundo parasse

e sentisse o teu momento único:

mágico mistério de nascer.

* * *

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Do livro “Caminhos Mais”, Edição da autora, Teresina, 1995, página 36.

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© Direitos reservados.

Francisca Miriam e Giovanni Aires Fernandes
Enviado por Francisca Miriam em 18/01/2011
Reeditado em 22/08/2013
Código do texto: T2736092
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