Em aberto...

Isto é a força que chega, que pega

Enfia, com tudo, na alma, apela

Àquela outrora submissa à profundeza

Destreza, arrojada, confia a sua natureza

Destemida, contudo, as palavras da vida

Recaem no canto esquerdo, no centro, avesso,

Do mundo, submundo, sobre-mundo,

A passagem se faz pela luz

Ela vem de algo que reluz

Confina a alma sobre o atroz

Mundano e sublime

Nascente ao arco-negro-íris, presente

Se faz, nas trevas, o relance

De um lance

Que ele dance

Ao ritmo quente da música silenciosa

Cantada ao seu enterro

À força carnal de alma, gélida

Intrépida e sorrateira

Nebulosa e serena

Condena a todos que rebanham

Sem ordem e sem pastor

Perdidos de seus grupos

Longe de seu ideal

Perto do abismo

Caindo sobre o mal...

Palavras do senhor...

Se é que temos um!

Afonso Herrera
Enviado por Afonso Herrera em 18/01/2011
Código do texto: T2737273
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