Anjo da Noite

Mãos atadas erguem-se para o céu

Em busca de libertação e paz,

Quem sabe uma fuga ou esquecimento

Rápido e momentâneo.

Do alto de um prédio em chamas

Contemplo o passado e o futuro

Se contorcendo num presente

Mudo e vazio.

As cordas que eu usaria para outro fim

Agora me prendem a esse começo inerte

De um final que sempre se afasta,

Lento e frio.

Mas pelas arestas da minha mente

Ainda vejo a luz branda,

Do Anjo da Noite,

Quente e triste.

Suas pequenas mãos seguram meu coração,

Aquecem minha alma doentia,

Tornando morte em vida,

Olhar em devoção...

Alex Dumal
Enviado por Alex Dumal em 26/10/2006
Reeditado em 18/09/2010
Código do texto: T273968
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