INGRATIDÃO

Foi pôr os olhos nos teus olhos

E querer-te logo – inteira – para mim...

Meu lábio tremeu, a mão congelou,

Não consegui nem dizer palavra!

Dias depois, entretanto,

Caminhávamos agarradinhos pelo bosque,

E sorríamos, e falávamos das borboletas

– E outras coisinhas assim...

Jurei haver encontrado o remo, a direção!

Tudo inútil... Carinhos em vão!

Chorando, agora lamento o tempo que perdi...

Dei-te todo o meu amor

E, em troca, tu zombaste dos meus poemas

E, sem dó, pisoteaste a minha flor!...

Hélio Sena
Enviado por Hélio Sena em 20/01/2011
Reeditado em 04/02/2011
Código do texto: T2740187