Trajetória

Maria Antônia Canavezi Scarpa

O medo pode morar na minha alma

assim não preciso sonhar tudo de uma vez,

com um sorriso, posso me despedir ouvindo o som do silêncio,

quem sabe... adquirir asas e voar através da imaginação,

ao topo do lugar onde reina a ternura.

Há sempre um atalho de oportunidades

se o movimento da saudade é de ir e vir como as marés;

ver as ondas se agregarem aos sonhos e adquirirem

poderes confiantes, suficientes para não morrerem,

elas sempre se vestem para a festa,

quando eles se depositam nas areias mornas da tarde.

Quando ouso, apagar da memória tais fragilidades

uno as forças harmoniosas,

que costumo maquiar como felicidade...

Vou me envolvendo tão bem nas utopias,

conquisto o tempo e peço ajuda,

até que ele me enlace às pessoas e juntos

seguiremos andando devagar, até o nosso destino.

A vida pode ser longa, muito nos foi preparado,

não tem como deixar de fora amargores e erros;

as banalidades acontecem a cada segundo que vivemos,

sorrindo ou chorando, compomos nossa trajetória.

Para sabermos viver bem, mesmo sem querer,

todos prestamos contas do que somos, o tempo é veloz

e nos empurra, existe a necessidade de contarmos,

o que levamos dentro da alma, enlouqueceremos

se deixarmos passar, qualquer fato despercebido.

Tília Cheirosa
Enviado por Tília Cheirosa em 21/01/2011
Reeditado em 24/01/2011
Código do texto: T2742622
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