ATROPELO

Você se foi

Ao passar nos corredores

esbarrei-me

em teus/meus sonhos.

Você tão sensata

e eu desequilibrado.

Você querendo encontrar

E eu me perder.

Você me desejando

e eu evitando.

Talvez,

porque você sabia

que não me acharia;

porque eu era ciente

que você me queria.

Brincamos assim

de esconde – esconde

de ciranda

de roda

de sonhar

de ser o que não fomos.

Você se foi.

No espaço ficou

o sonho vazio.

Estes atropelos

de realidade

meia verdade

e mentira completa.

LLisbôa, Bcena 24/10/2007.

POEMA 66 - CADERNO: VOLTANDO PARA CASA

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 21/01/2011
Reeditado em 08/06/2012
Código do texto: T2743967
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