ATROPELO
Você se foi
Ao passar nos corredores
esbarrei-me
em teus/meus sonhos.
Você tão sensata
e eu desequilibrado.
Você querendo encontrar
E eu me perder.
Você me desejando
e eu evitando.
Talvez,
porque você sabia
que não me acharia;
porque eu era ciente
que você me queria.
Brincamos assim
de esconde – esconde
de ciranda
de roda
de sonhar
de ser o que não fomos.
Você se foi.
No espaço ficou
o sonho vazio.
Estes atropelos
de realidade
meia verdade
e mentira completa.
LLisbôa, Bcena 24/10/2007.
POEMA 66 - CADERNO: VOLTANDO PARA CASA