Passageiro da Agonia

Não tenho mais forças

Nem como escapar

Das armadilhas

Da sedutora solidão

Que me assaltas

Aos olhos da angústia salta

Risonha inútil do tédio

Cohabitante depressão

Que setencia

Dominas estranha

Familiares entranhas

Tornando como co-irmã

Atraindo-me como um imã

Sedenta e compurscante sanha

Implanta caos que ordenas

Tamanha gélida e sombria cena

Se apossas intensa

Tentadora perversão que intentas

De crua insanidade extrema

Roubas pouco a pouco

O que outrora seria Vida

Que a bem da verdade

Nunca fora minha

Em combatentes ardorosa perfídia

Contumaz de tão combalida

Que da fuga não se escapa nem crias

Companheira solidão que sevícia

Filhotes chacais bastardos do tédio

Que apraz e alicia

Beligerante, diuturna e voraz

Solitário Passageiro da Agonia

Peer
Enviado por Peer em 22/01/2011
Código do texto: T2745415
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